sábado, 21 de novembro de 2015

RESENHA DO LIVRO O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS

** contém spoillers

EDWARDS, K. O guardião de memórias. Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2007.

reprodução

Professora-assistente de inglês na Universidade de Kentucky, nascida em quatro de maio de 1958, Kim Edwards escreveu a coletânea “Os segredos do Rei do fogo” e recebeu o Prêmio Whiting e o Prêmio Nelson Algren. Seu livro “O Guardião de Memórias” já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, estando em primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times. 
O romance intitulado “O Guardião de Memórias” traz o poder das decisões: uma tempestade de neve obriga o médico ortopedista David Henry a fazer o parto da própria esposa, em que nascem gêmeos. O menino, Paul, é saudável, porém quando nasce a menina, ele logo nota os sinais de Síndrome de Down. Inconformado e marcado pelo passado, o doutor entrega a menina para que a enfermeira, Caroline Gill, a leve até uma instituição. 
Caroline não consegue entregar Phoebe, e passa a cuidar dela com muito carinho, lutando para que ela seja aceita pela sociedade e que tenha uma vida digna. Enquanto isso, Paul cresce em um lar onde um muro irrefreável ascende entre o casamento de seus pais. Enquanto David é atormentado pelo remorso e se entrega cada vez mais a um mundo só dele, Norah, sua esposa, inconformada com a morte da filha começa a beber e a ter casos extraconjugais. 
A obra de Edwards traz uma lição incrível de quanto as decisões podem afetar não somente a vida daquele que as tomam, mas também daqueles ao seu redor. A decisão de David muda tudo em sua família e a dificuldade em consertar aquilo que já está feito corrói sua alma. 
Um ponto que chama a atenção é que a autora construiu personagens que não se pode decidir se são bons ou ruins, mostrando os defeitos e as qualidades de cada um, tornando uma obra mais próxima da realidade. Além disso, dá destaque as dificuldades dos portadores de Síndrome de Down na década de 70, mostrando ainda que eles podem ser como os demais seres humanos, precisam apenas de uma chance.
A obra é indicada para leitores que gostam de entrar nos personagens, que por ser tão bem detalhada faz sentir como eles.

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