quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

99% HUMANO, MAS AQUELE 1% É CAFEÍNA

Durante os últimos 11 semestres (exatamente 1954 dias) minha vida tem se resumido basicamente em xícaras de café...

Faculdade e café de mãos dadas 

É muito comum entrar no meu Instagram, antigamente no Facebook, e se deparar com uma nova foto de cadernos e "uma xícara de café", porque era basicamente isso que definia meu dia a dia (somente até hoje).
Minha primeira experiência com a cafeína foi, digamos traumática, claro que não o suficiente para que eu parasse de tomar...

Primeira prova da faculdade, Biologia Celular (cinco anos e meio atrás), e a pessoa aqui teve a brilhante ideia de passar a noite acordada estudando para tirar uma nota divina. Comprei uma lata de pó de guaraná (sabe aquele que vende nas farmácias?) e fui pra casa toda faceira. Eu não sabia fazer café direito, então pedi pra primeira pessoa que encontrei "... faz um café bem forte pra mim, que eu vou passar a noite estudando." e ele realmente fez um café beeeem forte (umas cinco colheres de sopa - bem cheias - de pó de café para meio litro de água); coloquei na garrafa térmica e adicionei mais três colheres de sopa de pó de guaraná (estou passando a receita, mas não façam isso, pelamor) e dá-lhe tomar café com pó de guaraná. 
Lá pelas 23h00 eu já estava agitadíssima e sentia meu sangue pulsar nas minhas veias; meu metabolismo estava tão acelerado que eu precisava comer a cada 30 minutos e concentrar que é bom nada...
00h00 eu comecei a passar mal, ânsia, enjoo e num último estágio me tornei rainha; passei o restante da noite comendo e colocando para fora. Até tentei dormir, mas quem disse que conseguia, meu corpo todo pulsava de tanta adrenalina sendo liberada e por mais que me esforçasse, não conseguia pregar o olho (parecia uma maluca com o olho estalado). Mas o pior veio no dia seguinte: não sabia nada na prova, meu estômago doía, sentia ânsia e por conseguinte não conseguia comer nada e para piorar mais ainda estava caindo de sono e não conseguia prestar atenção na aula da tarde (de manhã uma agitação maluca, de tarde uma leseira retardada).

E eu sou Layssa Oliveira e esse foi meu primeiro contato com a cafeína (rsrs).

Depois dessa péssima experiência, aprendi a usar com moderação, ou só tomo café, ou só energético, ou ainda, só um comprimido de cafeína, mas não mais potencializo o efeito deles tomando dois ao mesmo tempo (sim, eu passo muitas noites em claro, muitas vezes só com café ou com duas ou três latinhas de energético).

Foi assim que descobri um grande aliado na cafeína, pois me concentro melhor a partir das 22h00 e ficar acordada estudando depois de passar o dia estudando (longas aulas) não é fácil sem uma ajudinha. Então achei uma forma de tirar boas notas estudando de madrugada sem passar mal, é claro que se eu fizer isso durante uma semana toda (tipo essas últimas) em algum momento começarei a ter dor no estômago (sim! meu estômago dói). 

Então o que dizer dessa Cafeína que eu considero pacas? Foi bom ter você como aliada nesses momentos de guerra. 

Só que agora começa um terceiro round (provavelmente com muita cafeína também), mas sem provas (concursos não são provas, são pesadelos) e apesar dos meus olhos estarem fechando eu ainda estou aqui a fazer planos, até porque o que uma garota de 23 anos (que passou os últimos cinco anos sonhando em terminar as disciplinas dessa faculdade inacabável) pode fazer com as 18h00 livres do seu dia?
Além da lista de livros para ler...
Além dos quadros de comprimidos para fazer...
Além do livro que quer escrever...
Além dos lugares para conhecer...
Além das comidas para "engordar"...

Ah sim, ela pode estudar mais um pouco para passar num concurso, entrar na academia e cuidar da alimentação, porque já faz um tempo que ela vez prometendo até ao vento que cuidaria mais da saúde, até porque em 256 dias ela será uma profissional da saúde.

sábado, 5 de dezembro de 2015

RESENHA DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO

LE COUTEUR, P.; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a história. Zahar, Rio de Janeiro, 2006.

reprodução

Sendo ambos químicos, Penny Le Couter é professora de química do Capilano College e Jay Burreson é, atualmente, administrador de uma companhia de alta tecnologia no estado de Oregon, Estados Unidos, em 2003 publicaram a primeira edição norte-americana do livro “Os botões de Napoleão”.
Os botões de Napoleão é um romance que conta de uma forma fascinante a história do mundo, do ponto de vista químico. Dezessete moléculas que segundo os autores mudaram o curso da história da humanidade.
A narrativa inicia colocando um intrigante questionamento: Poderia Napoleão ter derrotado o exército russo? Pois, o estanho - material com que se confeccionavam os botões dos uniformes das tropas napoleônicas - se esfarela a temperaturas muito baixas, com isso seus uniformes se abriam e seus corpos congelavam. Seria esse fenômeno químico que contribuiu para a derrota do imperador francês? 
Algumas especiarias, como a pimenta, a noz-moscada e o cravo-da-índia foram decisivos no desdobramento histórico e gerou desenvolvimento econômico a nível mundial, pois, devido a apreciação e a escassez dessas, geraram preços elevados e levaram ao descobrimento da América, por exemplo.
Outros compostos, como o chumbo, utilizado para armazenar o vinho, eram muito apreciados, porém não se conhecia sua periculosidade. Ainda existem aqueles, como o isoeugenol e o fenol, que levaram a descoberta de muitos outros compostos que mudaram a história mundial.
Os autores conseguiram desenvolver uma narrativa envolvente e instigante envolvendo história e química. Sendo a química uma dificuldade de muitas pessoas, o livro trata de uma forma simplória, mas educativa as moléculas, levando ao entendimento também daqueles com pouco contato com a teoria propriamente dita. 

domingo, 29 de novembro de 2015

A CANÇÃO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK

**contraindicado para melancólicos, por conter mais melancolia

Sigamos então, tu e eu,
Enquanto o poente no céu se estende
Como um paciente anestesiado sobre a mesa;
Sigamos por certas ruas quase ermas,
Através dos sussurrantes refúgios
De noites indormidas em hotéis baratos,
Ao lado de botequins onde a serragem
Às conchas das ostras se entrelaça:
Ruas que se alongam como um tedioso argumento
Cujo insidioso intento
É atrair-te a uma angustiante questão . . .
Oh, não perguntes: "Qual?"
Sigamos a cumprir nossa visita.

No saguão as mulheres vêm e vão
A falar de Miguel Ângelo.

A fulva neblina que roça na vidraça suas espáduas,
A fumaça amarela que na vidraça seu focinho esfrega
E cuja língua resvala nas esquinas do crepúsculo,
Pousou sobre as poças aninhadas na sarjeta,
Deixou cair sobre seu dorso a fuligem das chaminés,
Deslizou furtiva no terraço, um repentino salto alçou,
E ao perceber que era uma tenra noite de outubro,
Enrodilhou-se ao redor da casa e adormeceu.

E na verdade tempo haver á
Para que ao longo das ruas flua a parda fumaça,
Roçando suas espáduas na vidraça;
Tempo haverá, tempo haverá
Para moldar um rosto com que enfrentar
Os rostos que encontrares;
Tempo para matar e criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias em que mãos
Sobre teu prato erguem, mas depois deixam cair uma questão;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para uma centena de indecisões,
E uma centena de visões e revisões,
Antes do chá com torradas.

No saguão as mulheres vêm e vão
A falar de Miguel Ângelo.
E na verdade tempo haverá
Para dar rédeas à imaginação. "Ousarei" E . . "Ousarei?"
Tempo para voltar e descer os degraus,
Com uma calva entreaberta em meus cabelos
(Dirão eles: "Como andam ralos seus cabelos!")
- Meu fraque, meu colarinho a empinar-me com firmeza o queixo,
Minha soberba e modesta gravata, mas que um singelo alfinete apruma
(Dirão eles: "Mas como estão finos seus braços e pernas! ")
- Ousarei perturbar o universo?
Em um minuto apenas há tempo
Para decisões e revisões que um minuto revoga.

Pois já conheci a todos, a todos conheci
- Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes,
Medi minha vida em colherinhas de café;
Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono
Sob a música de um quarto longínquo.
Como então me atreveria?

E já conheci os olhos, a todos conheci
- Os olhos que te fixam na fórmula de uma frase;
Mas se a fórmulas me confino, gingando sobre um alfinete,
Ou se alfinetado me sinto a colear rente à parede,
Como então começaria eu a cuspir
Todo o bagaço de meus dias e caminhos?
E como iria atrever-me?

E já conheci também os braços, a todos conheci
- Alvos e desnudos braços ou de braceletes anelados
(Mas à luz de uma lâmpada, lânguidos se quedam
Com sua leve penugem castanha!)
Será o perfume de um vestido
Que me faz divagar tanto?
Braços que sobre a mesa repousam, ou num xale se enredam.
E ainda assim me atreveria?
E como o iniciaria?
.......

Diria eu que muito caminhei sob a penumbra das vielas
E vi a fumaça a desprender-se dos cachimbos
De homens solitários em mangas de camisa, à janela
debruçados?
Eu teria sido um par de espedaçadas garras
A esgueirar-me pelo fundo de silentes mares.
.......

E a tarde e o crepúsculo tão .docemente adormecem!
Por longos dedos acariciados,
Entorpecidos . . . exangues . . . ou a fingir-se de enfermos,
Lá no fundo estirados, aqui, ao nosso lado.
Após o chá, os biscoitos, os sorvetes,
Teria eu forças para enervar o instante e induzi-lo à sua crise?
Embora já tenha chorado e jejuado, chorado e rezado,
Embora já tenha visto minha cabeça (a calva mais cavada)
servida numa travessa,
Não sou profeta - mas isso pouco importa;
Percebi quando titubeou minha grandeza,
E vi o eterno Lacaio a reprimir o riso, tendo nas mãos meu sobretudo.
Enfim, tive medo.

E valeria a pena, afinal,
Após as chávenas, a geléia, o chá,
Entre porcelanas e algumas palavras que disseste,
Teria valido a pena
Cortar o assunto com um sorriso,
Comprimir todo o universo numa bola
E arremessá-la ao vértice de uma suprema indagação,
Dizer: "Sou Lázaro, venho de entre os mortos,
Retorno para tudo vos contar, tudo vos contarei."
- Se alguém, ao colocar sob a cabeça um travesseiro,
Dissesse: "Não é absolutamente isso o que quis dizer
Não é nada disso, em absoluto."

E valeria a pena, afinal,
Teria valido a pena,
Após os poentes, as ruas e os quintais polvilhados de rocio,
Após as novelas, as chávenas de chá, após
O arrastar das saias no assoalho
- Tudo isso, e tanto mais ainda? -
Impossível exprimir exatamente o que penso!
Mas se uma lanterna mágica projetasse
Na tela os nervos em retalhos . . .
Teria valido a pena,
Se alguém, ao colocar um travesseiro ou ao tirar seu xale às pressas,
E ao voltar em direção à janela, dissesse:
"Não é absolutamente isso,
Não é isso o que quis dizer, em absoluto."

Não! Não sou o Príncipe Hamlet, nem pretendi sê-lo.
Sou um lorde assistente, o que tudo fará
Por ver surgir algum progresso, iniciar uma ou duas cenas,
Aconselhar o príncipe; enfim, um instrumento de fácil manuseio,
Respeitoso, contente de ser útil,
Político, prudente e meticuloso;
Cheio de máximas e aforismos, mas algo obtuso;
As vezes, de fato, quase ridículo
Quase o Idiota, às vezes.

Envelheci . . . envelheci . . .
Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.

Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
pêssego?
Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.

Não creio que um dia elas cantem para mim.

Vi-as cavalgando rumo ao largo,
A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.

Tardamos nas câmaras do mar
Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.

T. S. ELIOT

(tradução: Ivan Junqueira)

sábado, 21 de novembro de 2015

RESENHA DO LIVRO O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS

** contém spoillers

EDWARDS, K. O guardião de memórias. Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2007.

reprodução

Professora-assistente de inglês na Universidade de Kentucky, nascida em quatro de maio de 1958, Kim Edwards escreveu a coletânea “Os segredos do Rei do fogo” e recebeu o Prêmio Whiting e o Prêmio Nelson Algren. Seu livro “O Guardião de Memórias” já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, estando em primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times. 
O romance intitulado “O Guardião de Memórias” traz o poder das decisões: uma tempestade de neve obriga o médico ortopedista David Henry a fazer o parto da própria esposa, em que nascem gêmeos. O menino, Paul, é saudável, porém quando nasce a menina, ele logo nota os sinais de Síndrome de Down. Inconformado e marcado pelo passado, o doutor entrega a menina para que a enfermeira, Caroline Gill, a leve até uma instituição. 
Caroline não consegue entregar Phoebe, e passa a cuidar dela com muito carinho, lutando para que ela seja aceita pela sociedade e que tenha uma vida digna. Enquanto isso, Paul cresce em um lar onde um muro irrefreável ascende entre o casamento de seus pais. Enquanto David é atormentado pelo remorso e se entrega cada vez mais a um mundo só dele, Norah, sua esposa, inconformada com a morte da filha começa a beber e a ter casos extraconjugais. 
A obra de Edwards traz uma lição incrível de quanto as decisões podem afetar não somente a vida daquele que as tomam, mas também daqueles ao seu redor. A decisão de David muda tudo em sua família e a dificuldade em consertar aquilo que já está feito corrói sua alma. 
Um ponto que chama a atenção é que a autora construiu personagens que não se pode decidir se são bons ou ruins, mostrando os defeitos e as qualidades de cada um, tornando uma obra mais próxima da realidade. Além disso, dá destaque as dificuldades dos portadores de Síndrome de Down na década de 70, mostrando ainda que eles podem ser como os demais seres humanos, precisam apenas de uma chance.
A obra é indicada para leitores que gostam de entrar nos personagens, que por ser tão bem detalhada faz sentir como eles.

domingo, 15 de novembro de 2015

ROSCA DOCE DE MÃE

Morar sozinho pode parecer o máximo, mas na verdade a maior parte do tempo você passa com saudade de casa, saudade de mãe e, consequentemente, saudade de comida de mãe...
Hoje, quando cheguei em casa me bateu aquela saudade de casa, de colo de mãe e aí me deu vontade comer rosca de mãe...
Como sou maluca o suficiente, resolvi experimentar fazer. Detalhe: eu nunca tentei fazer porque sovar a massa parece tenso demais, só que minha vontade era maior do que a preguiça de sovar.
O que vocês não vão acreditar é que ficou uma delícia, duas formadas quentinhas de rosca de mãe para tentar matar a saudade de casa...
Por isso hoje vou ensinar a fazer Rosca Doce de Mãe delicinha...

INGREDIENTES
Massa:
- 3 ovos
- 1 copo de leite morno
- 1 copo de água morna
- 1/2 copo de óleo
- 20g de fermento biológico
- 1kg de farinha de trigo
Obs.: usei um copo de 200mL

Recheio:
- 250g de margarina
- 6 colheres de açúcar
- 1 colher de canela
Obs.: colher de sopa

Cobertura:
- 1 copo de leite
- 1 caixa de leite condensado
- 250g de coco ralado (sem açúcar)

Rendimento: 25 Roscas Doces deliciosas de Mãe

MODO DE PREPARO
- Deixar o fermento biológico repousando na água morna por 10 minutos;
- Em um recipiente (bacia, tigela...) grande misturar os ovos, leite, água com fermento e o óleo;
- Adicionar a farinha de trigo mexendo até dar consistência de sova;
- Sovar a massa até que pareça homogênea;
- Deixar a massa descansar/crescer por 30 minutos;
- Enquanto a massa cresce prepare o recheio misturando a margarina, o açúcar e a canela até ficar homogênea (deixei a margarina um tempo fora da geladeira para que ela estivesse mole, pois derreter no calor não deu certo);
- Após 30 minutos de espera, dividir a massa crescida em duas porções, trabalhar com cada uma separadamente, fazendo as próximas etapas para cada uma delas;
- Com ajuda de um rolo de amassar pão, esticar a massar (bem esticadinha) e espalhar sobre ela o recheio;

- Cuidadosamente enrolar a massa, como se montasse um pão;


- Cortar a massa em tiras de, aproximadamente, dois dedos de largura;


- Untar a forma com manteiga/margarina ou óleo e posicionar as rosquinhas com espaço entre elas (para que elas possam crescer);


- Levar ao forno, pré-aquecido, por 40 minutos à 160° C;


- Aquecer o leite, leite condensado e coco e despejar sobre as roscas;

THANANANAN


Agora é só saborear essas delicinhas (huum! me deu água na boca de novo, acho que vou terminar de comer o resto da que comecei há pouco... dane-se ser madrugada e rosca ser carboidrato)...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ENGENHEIROS DO HAWAII

reprodução

E aí, depois de uma semana dormindo duas horas por noite, você acorda  super de bem com a vida, após merecidas oito horas de sono, e até ouvir música fica interessante (eu não curto música. não! não sou um et, só nunca tive o hábito) e então quando abro a página do YouTube aparece uma seleção das músicas que marcaram meu passado...

Eita nostalgia!! Tantas recordações...

Sim, eles falam de coisas da alma e isso me faz sentir uma conexão com as músicas, já o que se escreve hoje não devia nem ser chamado música (acho que agora entendo porque não curto música).

Mas esses são ótimos... 

Tenho vivido uma dia por semana...
...sem passado, nem futuro, eu vivo um dia de cada vez... 
...na falta do que fazer, inventei a minha liberdade...

domingo, 8 de novembro de 2015

O QUE A GENTE PODE FAZER PARA MUDAR?

Outro dia estava eu assistindo Jornal Nacional (as vezes prefiro não assistir jornais para não me estressar, mas nesse dia estava de bom humor) e o Willian Bonner e a Renata Vasconcelos começam a falar da volta da CPMF, apresentado pela nossa Excelentíssima (vaca) Presidenta Dilma e, pelo Ministro (sr. ridículo) do Planejamento Nelson Barbosa e o Ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Você não sabe o que é CPMF? 
Não tem problema, eu também não sabia. Mas resolvi procurar saber (porque pela risadinha do sr. ridículo, só podia ser mais uma facada no povo brasileiro)...
A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias, exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas-correntes de mesma titularidade. 
Ela foi aprovada em 1993 e passou a vigorar no ano seguinte com o nome de IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira). Nessa época, a alíquota era de 0,25% e sua cobrança durou até dezembro de 1994 quando, como já estava previsto, o imposto foi extinto. 
Dois anos depois, em 1996, o governo voltou a discutir o assunto, com objetivo de direcionar a arrecadação desse tributo para a área da saúde. A partir desse momento, foi criada de fato a CPMF, que passou a vigorar em 1997 com alíquota de 0,2%.
Desde sua criação em 1996, a CPMF já arrecadou 201,2 bilhões de reais (Fonte: Senado Notícias).
Mas para onde realmente foi esse dinheiro? A saúde pública está cada vez mais precária (não só a saúde né? todo o setor público está virando uma palhaçada) e as filas por atendimento médico estão cada vez maiores. Pessoas ficam dias, semanas esperando em uma fila para terem seus tratamentos, quando não morrem com essa negligência com a saúde...
E o pior de tudo que é o NOSSO dinheiro que devia estar sendo utilizado adequadamente. Trabalhamos quase metade do ano só para pagar imposto para ter (desculpe a palavra) uma merda de retorno desse governo de merda!!
Mas voltando a questão da CPMF que o governo quer reimplantar...
"Mas é só 0,2% do que você paga nas suas compras que vai para o Fundo Previdenciário" (vai a merda Joaquim Levy! já não basta toda a roubalheira que fizeram? devolve a porcaria do dinheiro que roubaram que garanto que o Fundo ficará bem tranquilo)
Eu fico revoltada com isso!! Não basta toda a crise que estamos vivendo, todos os impostos que já pagamos e ainda tem coragem de falar que vai cortar até da saúde para investir no Fundo Previdenciário? Diminui esse salário dos Deputados e cia que vai sobrar para a aposentadoria da galera...
Eu não entendo muito de política (acho que esse é grande problema da maioria da população brasileira, a gente não entende a acaba deixando passar batido), mas quando as coisas começam a ficar no estado que estão chegando, alguma coisa tem que ser possível fazer (ou não).
Está previsto para amanhã o início da greve dos caminhoneiros e mesmo achando a pauta deles um pouco difícil de ser atendida, alguém está tentando fazer algo, então "Parabéns caminhoneiros!". Eles estão lutando por algo que muitos de nós acreditamos, mas que não conseguimos nos reunir para lutar, porém só somos fracos quando somos apenas um, então "o que podemos fazer para mudar?"

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domingo, 1 de novembro de 2015

DE MÃOS DADAS COM A PROCRASTINAÇÃO

Eu deveria estar fazendo minha apresentação para o trabalho de Toxicologia Clínica, mas ao invés disso estou procrastinando um pouco, qualquer coisa depois passo a noite anterior acordada fazendo...

Procrastinar: transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair

Por que somos tão bons em deixar as coisas para a última hora? Faço essa pergunta toda vez que tenho que passar a madrugada acordada terminando um trabalho, estudando para prova ou ajeitando alguma coisa da vida...
Se houvesse um emprego de procrastinador, eu seria uma das melhores no ramo; ou talvez todos nós fôssemos muito bons, até porque assistir aquele episódio do seriado favorito que saiu no fim de semana sempre parece muito mais animador que estudar aquela matéria chata que você devia estar estudando desde a semana passada para não pegar Final...
Só que (essa palavra habita metade das frases do meu vocabulário) sempre achamos um jeito de enrolarmos até não ter jeito mais e aí (quase sempre) as coisas não saem do jeito que deveriam e você começa a se martirizar por ser um procrastinador...
Por que eu não estudei isso desde a semana passada, ao invés de começar aquele seriado de 200 temporadas?
Por que eu não terminei de ler aquele livro para o vestibular antes de ler a coleção do Harry Potter?
Por que não fiz meu trabalho de Tóxico ao invés de escrever um post sobre procrastinação?
Por que fiquei olhando a timeline (quase sempre um saco) do meu Facebook, ao invés de fazer minhas comidinhas da semana?
Por que assisti "Um amor para recordar" pela centésima vez, enquanto precisava ir ao mercado? (porque precisava chorar com o Landon - lindon - dizendo que "nosso amor é como vento, não posso ver, mas posso sentir")
Por que fiquei pintando Floresta Encantada sendo que minha cama não pode ser utilizada de tanta bagunça?
Segue, mais uma vez, uma lista imensa de perguntas (sempre ultrajustificáveis) de um bom procrastinador.
A resposta, na verdade, é bem simples "porque eu quis!", só que a lista de justificativas nunca parece ter fim. Até porque tudo parece mais legal quando você precisa fazer algo importante (a menos que isso seja para amanhã, porque então a adrenalina sobe e fica tudo fácil e, mal feito)...
Aí você pára e olha para os seus pais, parece que eles estão sempre em dia com tudo, não deixam nada para depois e as coisas dão muito certo mesmo; é nesse momento que você se sente adolescente de volta, porque se pudesse passava a vida deitado na cama assistindo seriado, lendo livros fantásticos e comendo porcaria. Então eu me pergunto "qual o problema comigo?", tenho 23 anos e não me sinto em nada adulta e, muito menos me comporto como uma...
Será que isso é o efeito da tal geração Y a qual pertencemos? Tão conectados aos aparelhos e ao mesmos tempo desconectados de todo o resto. Essa conexão nos deixou meio retardados, preguiçosos e menos adultos?
Qual o problema?
Talvez essa pergunta nunca seja respondida, porque estamos deixando isso tudo nos levar na avalanche que nos amotina (mas da qual não damos nenhum jeito de sair), chamada acomodar...

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Nada é exatamente como queremos, então não deixe pra amanhã o que pode ser feito hoje, imprevistos acontecem a todo momento. 

Israel Ziller

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

FACULDADE ACABANDO, E AGORA?

Todo esforço, qualquer que seja o fim para que tenda, sofre, 
ao manifestar-se, os desvios que a vida lhe impõe; torna-se outro esforço, 
serve outros fins, consuma por vezes o mesmo contrário do que pretendera realizar.
Fernando Pessoa

Cinco anos se passaram...
Cinco anos tão longos e, ao mesmo tempo, tão rápidos...
Muitos trabalhos, muitas provas, professores mestres de vida e professores nem tão mestres, amigos, projetos, sonhos perdidos e sonhos nascidos...


Ainda faltam nove meses para formatura de verdade e de repente bateu o medo. Medo de não conseguir alcançar aquele sonho, ou pior, nem saber mais qual era aquele sonho...
É assim que acordo me sentindo nesses últimos meses, num vácuo, sem saber para onde seguir, porque parece que quanto mais conheço minhas opções, mais perdida fico...
Entramos na faculdade tão seguros de si, com um objetivo de vida (no meu caso ser farmacêutica fiscal) e então a vida começa a nos mostrar outros caminhos e você se pega perguntando o que fazer, para onde seguir e então vai perdendo o foco...
Sabe aquele empenho todo de começo de curso? Ele some e dá lugar para um desânimo imenso e se você pudesse só ficaria assistindo seriados, lendo livros que não são para a faculdade ou saindo se divertir com os amigos (comendo muita batata frita, de preferência).
Só que você tem aquele restinho de consciência de que precisa se formar, sem contar que ainda tem a Monografia e os estágios para chegar à tão sonhada formatura. Para piorar toda a situação a Monografia acaba com você e os estágios te deixam ainda mais confuso (algumas poucas vezes, conseguem te ajudar a direcionar o caminho) e você começa a querer jogar tudo para o alto e virar boleira.
Sim! eu tenho analisado todas as possibilidades...
Então você olha para dentro de você e nota que aquela pessoinha que entrou para a faculdade, toda deslumbrada e cheia de fantasias não existe mais, começa a enxergar uma pessoa adulta (chata, porque ser adulto parece tão chato), com responsabilidades e muitas decisões a tomar. Nesse momento bate aquela vontade enorme de jogar tudo para o alto e voltar para a casa dos pais (sem preocupações, sem compromissos, sem trabalho, sem contas para pagar...), mas então você se apega ao fato de que seus pais não merecem presenciar esse seu fracasso e dá mais um pouco de si (nem que seja se escorando) e enfim chega ao fim...
Bom, ainda não cheguei ao fim, mas acredito que seja assim até porque vejo as pessoas conseguindo (e penso "que guerreiras!"), então sei que é possível, só precisamos retirar lá do fundo da nossa alma, aquele pacotinho de perseverança e caminhar mas um tiquinho (rumo à glória).
Aí você pensa que acabou... Na verdade é aí que a vida começa e é disso que eu tenho medo, é essa incerteza que me trava toda vez que me lembro que em nove meses serei uma profissional formada e preciso decidir qual caminho seguir, porque apesar deu poder mudar a qualquer momento, a parcela populacional que se acomoda é muito maior do que aquela que se arrisca. 
Só de pensar já fico apavorada...
Agora vendo desse jeito, fico me perguntando porque eu quis tanto chegar aos 18 anos, achava que ia me mudar para o Rio de Janeiro, morar num lindo apartamento com almofadas com estampas tribais no sofá, minhas roupas estariam sempre limpas, passadas e guardadas, a comida estaria na mesa quando tivesse fome e eu passaria as tardes com minhas amigas fazendo compras no shopping, à noite iria para a academia e depois sentaria numa poltrona colorida da sala e beberia uma taça de vinho, lendo um bom livro ou assistindo a um filme antigo...
Ledo engano, hoje eu moro em Curitiba (apesar de amar essa cidade, nem sempre foi assim), não tenho sequer almofadas no sofá, lavo minhas próprias roupas e só passo elas na hora de usar (se for necessário), como comida pronta e produtos industrializados, cheios de conservante mais do que gostaria (estou sofrendo à beça para levar uma vida saudável e comer comida caseira), dá para contar nos dedos as vezes que vou ao shopping, não acho tempo na minha vida para fazer academia e nem gosto de filmes antigos.
Talvez as coisas não tenham saído exatamente como sonhava, mas hoje, quando olho para dentro de mim vejo que essa pessoa aqui não tem nada a ver com aquela adolescente que sonhava com essa vida fácil e fútil, quero mais que isso, muito mais. Só que esse muito mais não tem a ver com conforto ou facilidade, tem a ver com felicidade, com ser completa, com estar no meu eixo. 
Por isso sinto que estou no caminho certo, só tenho medo desse desconhecido e de onde ele vai dar, para onde ele está me carregando...

Deixa a vida me levar (vida leva eu) - Zeca Pagodinho

Mas então me lembro que sempre existe a chance de mudar, de começar do zero (ainda tem a opção de ser boleira) e fecho os olhos, respiro fundo, conto até dez e volto a acreditar que tudo vai dar certo, porque no final (ou na final, como gosto de dizer) tudo sempre dá certo...

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

DESAPEGANDO...

Desapegar (verbo transitivo direto) significa "perder a afeição por; deixar de estar afeiçoado a; deixar de ter envolvimento com; perder a dependência; libertar-se."

Por que bolas resolvi escrever sobre isso? 
Bom, primeiro porque li o livro "Não se apega, não" (Intrínseca) da Isabela Freitas e apesar de ter achado um livro bem fraco, do meu ponto de vista literário, ela basicamente "plagiou" a minha vida e, provavelmente a vida de muitas garotas. 


Inicialmente achei que era um livro de auto ajuda (deixa eu explicar que só li esse livro porque minha prima disse que eu precisava ler, pois era minha história de vida, quando preciso de livros de auto ajuda e recorro ao Augusto Cury, rsrs), mas quando acabei não entendi direito a intenção da autora. Já li muitos livros de auto ajuda e esse não se parece em nada com um e, apesar de ter uma história, não se trata de uma história em si. 
A autora tenta contar como superou o fim do namoro com o Gustavo (ainda estou me perguntando se é uma história real, ou apenas uma tentativa de se comunicar profundamente com qualquer garota em seu universo feminino desastroso), mas quando o livro chega ao fim eu ainda acho que ela não se desapegou nem do ex-namorado, nem do ex-ficante, nem do primo gostosão, porque ela ainda quer fugir deles... 
Como o próprio significado da palavra desapegar diz, desapego é se libertar e, fugir é ter medo e, ter medo é estar ligado ainda. Então talvez desapegar não seja tão fácil quanto a autora queria mostar...
... ou talvez eu só tenha achado isso porque o livro parece tanto com a minha vida (que estou tão acostumada) que não me pareceu "uoooou". 
Mas isso me fez refletir sobre qual meu nível de apego às coisas...
Quanto eu demoro para me libertar daquilo que me prende a um nada...
Quanto vivemos de passado, deixando o presente sem viver e ainda perdendo a chance de um futuro sempre mais brilhante...
Aí entro no meu Facebook (resolvi fazer uma limpeza nele e parar de viver de postagens. mais um passo na direção de viver o presente sem me preocupar em provar nada a ninguém, além de mim mesma) e encontro uma postagem de 12 de outubro de 2012 (época essa que eu estava tentando me desapegar de uma passado que insistia em me perturbar) e começo a me perguntar "por que é tão difícil implantar algo em nossa vida, mesmo quando temos consciência de que estamos fazendo tudo errado?". Então eu me dou conta de que somos culpados por tudo, pois não queremos que o passado se vá, alimentando uma esperança ridícula de que ainda pode voltar e, se tem uma coisa que meu primeiro amor (aquele amor de infância) me ensinou é que as coisas só se vão quando deixamos elas irem. 
Isabela Freitas fala sobre sofrimento nos amadurecer, sobre cairmos de cara no chão e levantarmos adultos, não é que tem muito sentido isso?! É como musculação, quanto mais peso você levanta, mais forte você fica, então façamos uma analogia com o tombos da vida e as flexões, cada vez que você se levanta "sozinho" você se fortalece e no próximo tombo fica mais fácil de se levantar. Porém se você viver a espera de alguém para te puxar do chão, você nunca vai fortalecer seus músculos e sempre precisará de ajuda para se reerguer...
Eu não sei escrever sobre auto ajuda (gosto mesmo é de ser dramática), mas eu aprendi com a vida que as pessoas que mais nos magoam são as mais importantes em nossas vidas, pois são elas que nos forçam a fazer as flexões. Acredito eu, que quando estivermos totalmente malhados da vida, então teremos chegado ao momento crucial da nossa existência "o amadurecimento completo" e só então seremos dignos de compartilhar nossa vida, nossos sonhos, nossos medos e nossos sorrisos com outro ser também completo, pois duas metades nunca serão um inteiro, mas apenas duas metades tentando achar sua outra metade em outra pessoa (ao invés de buscar sua plenitude).

Vou deixar aqui o texto da postagem que me inspirou a escrever esse post, reflita você também!!

“Eu não gosto de relacionamentos. Relacionamentos são construídos na base de promessas, confiança e amor. Tudo isso remete a uma só coisa: palavras. Me dê a sua palavra de que vai ficar. Me dê a sua palavra de que não vai me deixar; de que vai me amar. Você promete? Promete ficar pra sempre? Promete permanecer ao meu lado mesmo quando finalmente enxergar que não valho à pena? Prometo. Tá. Ok. Depois daí, o que acontece? Você confia. Você confia porque é a única coisa que te resta, levando em consideração o fato de que não tem muitas escolhas. Você ama, e o amor é uma prisão. O tipo de prisão que consequentemente leva a um relacionamento, e que posteriormente te faz acreditar em palavras. Até onde eu sei pessoas mudam, certo? Pra melhor ou pra pior, elas mudam. Opiniões mudam. A vontade pode passar e o amor que ela te garantiu pode ir embora. Você não tem seguro pra um coração partido; você não tem um contrato te afirmando que tudo vai ficar bem, mas você se arrisca do mesmo jeito. Você manda a sanidade pra qualquer canto do mundo que não seja a sua consciência e mete o pé no acelerador. Você se joga. Se perde. Não se encontra e não se importa. Você esquece…. Esquece que palavras são só palavras, esquece que qualquer um no mundo está submetido à metamorfose. Acho que amar, no fim de tudo, é só uma questão de ser esperto ou ignorante. Digo, as pessoas por aí sabem o que acontece com um relacionamento mal sucedido, não sabem? As pessoas têm consciência de que podem quebrar a cara bem feio se as coisas não funcionarem direito. E desculpa informar, mas as pessoas são burras. São ignorantes. São estúpidas. Fingem não enxergar o que está bem à frente: o amor é uma droga. Vai te levar pro fundo do poço e vai te fazer crer em algo que não é capaz de te transmitir nem um pingo de segurança. E no final, a única coisa que acontece é aquilo que você sempre soube que iria acontecer, certo? Então pra quê correr o risco? Pra quê se deixar levar por um alguém desse jeito? Não faz sentido. Eu prefiro ser esperto… Autossuficiente, sabe? Prefiro precisar de mim mesmo, porque o amor que sinto por mim é o único no mundo inteiro que eu sei que não machuca. O único que não vai me deixar na mão, o único que não vai arranjar um jeito de me deixar louco. Eu sou do tipo que se previne. Eu cuido do que é meu enquanto você cuida do que nunca vai ser seu. Eu não deixo o amor entrar, e você? Ah sim, certo. Você continua fazendo o seu insignificante papel de idiota, como sempre fez e como sempre vai fazer. A culpa pelo seu coração partido não pertence a ninguém, amigo. Ninguém além de você.” (Autor Desconhecido)

Não acredito que o amor seja uma droga, ou que as pessoas sejam burras de amar, mas enquanto o amor pelo outro foi maior que o amor por si mesmo, sempre estaremos sujeitos a dor e a sermos magoados, porque o amor nos faz esperar demais de um outro que não somos nós e nos decepcionamos. Queremos que aquele outro faça o mesmo que seríamos capazes de fazer, mas cada ser humano é diferente e como já disse "as experiências mais dolorosas são as mais importantes". Porém podemos acelerar o processo de amadurecimento e amar a si mesmo tornando o desapego... a libertação possível. Viva intensamente, coloque todas as cartas, se jogue, mas desapegue de esperar algo de alguém, faça de si mesmo a prioridade dessa vida e não deixe que nada... ninguém te faça acreditar ser mais importante que você...

"DESAPEGUE DE TUDO O QUE NÃO TE ACRESCENTA!"

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

NASCIDA PARA GASTAR, FORÇADA A COZINHAR?!

O título é só a frase do meu avental cor-de-rosa, porque cozinhar é mais um hobby que ainda não tinha contado. Pois é, gosto de brincar de casinha ainda, a diferença é que agora é de verdade... 
Sabia que eu queria ser boleira? Sim! Ter uma confeitaria, onde eu serviria chá acompanhado de um pedaço de um dos meus bolos... (rs)
Eu até queria inventar um sabor novo de bolo, quem sabe chocolate, baunilha e calda de frutas vermelhas? Talvez isso até já exista, mas não me lembro de ter provado um igual ao que imagino. Enfim...
Por enquanto vou fazendo as receitas que já existem, com um toque do meu carinho (nhanhanhan).

A receita de hoje foi o Bolo de Cenoura com cobertura de Chocolate que a mamãe ensinou e, que agora eu vou ensinar quem quiser provar essa gostosura a fazer também!

INGREDIENTES:
Massa:
- 4 ovos
- 1/2 copo (200 mL) de óleo
- 2 copos (200 mL) de açúcar
- 2 e 1/2 copos (200 mL) de trigo
- 1 colher cheia de fermento químico
- 3 cenouras médias

Cobertura:
- 1/2 caixa de leite condensado
- 4 colheres de leite
- 5 colheres de chocolate em pó
- 1 colher de manteiga ou margarina

PASSO A PASSO:
- Bater no liquidificador os ovos, o óleo e o açúcar por dois minutinhos;
- Picar as cenouras em rodelas finas e adicionar ao liquidificador; bater mais cinco minutos;
- Transferir para uma travessa e adicionar o trigo peneirado ao poucos, misturando;
- Adicionar o fermento químico e transferir para forma já untada (eu uso margarina e trigo para untar);


- Levar ao forno pré-aquecido, por 50 minutos à 180°C;
- Esperar refrescar e desenformar;


- Para preparar a cobertura colocar todos os ingredientes em uma panela (uso uma frigideira) e levar ao fogo baixo mexendo até desenvolver consistência de calda (cuidar para não grudar e formar grumos);
- Derramar a cobertura no centro  da massa e esparramar por toda a extensão do bolo (se a cobertura ficar numa boa consistência ela escorrerá sozinha).


Obs.: outro dia deixei a cobertura muito tempo no fogo e quando coloquei sobre a massa não escorreu  e ainda ficou aparecendo os grumos (ficou gostoso, mas nada de boa aparência).


ESPERO QUE GOSTEM TANTO QUANTO EU...

BOM APETITE!

terça-feira, 15 de setembro de 2015

10 LIVROS NOTA 10

"A leitura engrandece a alma." Voltaire

Sou aquele tipo de pessoa que dá nota aos livros, porque sim! Anoto eles num caderninho e dou notas de 0 a 10. 
Claro que essas notas são relativas, pois não somos iguais, portanto não temos gostos iguais (ainda bem! um mundo cheio de pessoais iguais ia ser um saco), mas eu quero apresentar a vocês "alguns" dos meus livros NOTA 10. Acho que devo ter mais de 50 livros com nota 10, mas eu apresentarei os mais, mais (quem sabe num próximo post...).


Um Amor para Recordar de Nicholas Sparks (Editora Novo Conceito). 
É o meu livro dos livros. Há uns 10 anos atrás eu assisti o filme (por causa do Shane West) e chorei feito manteiga derretida. Alguns anos mais tarde achei o livro por um preço bem bacana e não resisti (não gosto muito de ler o livro após assistir o filme). Foi uma das minhas melhores aquisições, o livro é di-vi-no!

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum menino havia a convidado para sair. Nem Landon havia sonhado com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.


Um certo verão na Sicília de Marlena de Blasi (Editora Objetiva). 
Não se trata apenas de uma história de amor de romance de banca (que a gente ama), mas um romance comovente, onde Tosca Brozzi (personagem) narra sua lindíssima história, ao mesmo tempo que a autora descreve minimamente as belezas da Sicília. Confesso que comprei o livro só porque achei a capa bonita (sempre faço isso) e não é que dessa vez a frase "não julgue um livro pela capa" estava errada...

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Em Um Certo Verão na Sicília, o casal descobre que a Villa Donnafugata era na ver-dade um refúgio feliz criado pela proprietária, Tosca Brozzi, para viúvas, mães solteiras e ho-mens sem lar. Tosca instala o casal na villa e fascina Marlena com sua arrebatadora história de vida, contada em sessões diárias debaixo de uma magnólia.


Álbum de casamento, primeiro livro do Quarteto de Noivas de Nora Roberts (Arqueiro). 
Terminei recentemente esse livro e só posso dizer que "estou apaixonada pelo Carter!". Comprei o livro porque uma amiga disse que era bom e ela sempre indica bons livros, mas nunca tinha lido Nora Roberts, agora me pergunto por quê. Já adquiri o restante do quarteto e estou super ansiosa para lê-los também.

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Quando crianças, as amigas Parker, Emma, Laurel e Mac adoravam fazer casamentos de mentirinha no jardim. E elas pensavam em todos os detalhes. Depois de anos dessa brincadeira, não é de surpreender que tenham fundado a Votos, uma empresa de organização de casamentos bem-sucedida. Mas, apesar de planejar e tornar real o dia perfeito para tantos casais, nenhuma delas teve no amor a mesma sorte que tem nos negócios. Até agora. Com várias capas de revistas de noivas no currículo, a fotógrafa Mac é especialista em captar os momentos de pura felicidade, mesmo que nunca os tenha experimentado em sua vida. Por causa da separação dos pais e de seu difícil relacionamento com eles, Mac não leva muita fé no amor. Por isso não entende o frio na barriga que sente ao reencontrar Carter Maguire, um colega de escola com o qual nunca falara direito. Carter definitivamente não é o seu tipo. Professor de inglês apaixonado pelo que faz, ele cita Shakespeare e usa paletó de tweed. Por causa de uma antiga quedinha por Mac, fica atrapalhado na frente dela, sem saber bem como agir e o que falar. E mesmo assim ela não consegue resistir ao seu charme. Agora Carter está disposto a ganhar o coração de Mac e convencê-la de que ela é capaz de criar suas próprias lembranças felizes.


A menina que roubava livros de Marcus Zusak (Intrínseca). 
Não encontrei uma palavra só para descrever... Li o livro porque sempre tive muito interesse e já estavam anunciando lançamento do filme (como já disse, gosto de ler o livro primeiro), e no mesmo dia que acabei (aos prantos) já corri assistir o filme. O autor merece os parabéns pela obra digna de primeiro lugar no The New York Times.

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler. Entre 1939 e 1943, Liesel Meminger encontrou a Morte três Vezes. E saiu suficientemente viva das três ocasiões que a própria, de tão impressionada, decidisse nos contar sua história, em A menina que roubava livros, novo lançamento da Intríseca, há um ano na lista dos mais vendidos do New York Times.


A Pousada Rose Harbor de Debbie Macomber (Editora Novo Conceito). 
Confesso que quando minha amiga disse que eu devia ler esse livro, achei que fosse um desses romances mamão com açúcar; não imaginam o tamanho da surpresa quando comecei a história e não conseguia parar. Foram 48h em 340 páginas de uma busca por um recomeço cheia de drama (sim! eu amo drama) e enfrentamentos de passado e medos. Estou a procura de novas indicações de livros dessa autores (virei fã).

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Jo Marie Rose decide comprar uma pequena pousada, como forma de superar a morte do marido. Mal sabe ela as surpresas que a esperam nessa nova empreitada. Seu primeiro hóspede é Joshua Weaver, que voltou para casa para cuidar de seu padrasto doente. Os dois nunca se conheceram pessoalmente e Joshua tem alguma esperança de que possam conciliar suas diferenças. No entanto, uma habilidade de Joshua há muito perdida prova que o perdão nunca está fora de alcance e que o amor pode florescer onde menos se espera. A outra hóspede é Abby Kincaid, que retorna a Cedar Cove para comparecer ao casamento do irmão. De volta pela primeira vez em 20 anos, ela quase deseja não ter ido, devido às memórias trazidas pela pitoresca cidade. E conforme Abby se reconecta com sua família e seus velhos amigos, percebe que só pode seguir em frente se permitir-se verdadeiramente a isso.


O Duque e Eu, primeiro livro da série Os Bridgertons, de Julia Quinn (Arqueiro). 
Acabou de chegar o quinto livro dessa serie sensacional e todos os quatro que já li são nota 10. Uma mistura de Jane Austen e Nora Roberts, a autora consegue tirar gargalhadas com uma leitura interessante e inteligente. Cada livro conta a história de um filho de Violet Ledger (e seu querido Edmund Bridgerton); sua maior aspiração é casar todos os filhos, então imagine só como deve começar tudo isso quando se tem sete filhos solteiros...

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta. Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.


O guardião de Memórias de Kim Edwards (Sextante). 
Comprei esse livro num sebo para uma discussão no PET e senti na pele a depressão do Dr. David, a sensação de inalcançável de Norah, o amor de Phoebe, o desespero de Caroline e a rejeição de Paul, nas 361 páginas dessa trama cheia de segredos. Nunca um livro tinha me tocado com tamanha força, eu mesma parecia estar vivendo cada página.

Sinopse pela Livrarias Curitiba: 'O guardião de memórias' é uma história sobre vidas paralelas, famílias separadas pelo destino, segredos do passado e o infinito poder do amor verdadeiro. Inverno de 1964. Uma violenta tempestade de neve obriga o Dr. David Henry a fazer o parto de seus filhos gêmeos. O menino, primeiro a nascer, é perfeitamente saudável, mas o médico logo reconhece na menina sinais da síndrome de Down. Guiado por um impulso irrefreável e por dolorosas lembranças do passado, Dr. Henry toma uma decisão que mudará para sempre a vida de todos e o assombrará até a morte - ele pede que sua enfermeira, Caroline, entregue a criança para adoção e diz à esposa que a menina não sobreviveu. Tocada pela fragilidade do bebê, Caroline decide sair da cidade e criar Phoebe como sua própria filha. E Norah, a mãe, jamais consegue se recuperar do imenso vazio causado pela ausência da menina. A partir daí, uma intrincada trama de segredos, mentiras e traições se desenrola, abrindo feridas que nem o tempo será capaz de curar.


A cidade do Sol de Khaled Hosseini (Editora Nova Fronteira).
Estava eu trabalhando quando um ex-namorado chega com esse livro e me diz "acho que vai gostar, achei a sua cara". Detalhe: esse devia ser o único livro que ele tinha lido (a menos é claro, que ele tenha escondido sua paixão por livros de todo mundo). Levei o livro para casa e deixei ele de lado, pois estava lendo os livros para o vestibular e o título não me interessou muito. Quando cheguei no "Anjo Negro, do Nelson Rodrigues" (que eu odiei), resolvi procrastinar e comecei a ler "A cidade do Sol". Uns seis meses atrás achei ele num sebo e comprei, então você já deve imaginar o quanto gostei (vou lê-lo de novo).

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Mariam tem 33 anos. Sua mãe morreu quando ela tinha 15 anos e Jalil, o homem que deveria ser seu pai, a deu em casamento a Rashid, um sapateiro de 45 anos. Ela sempre soube que seu destino era servir seu marido e dar-lhe muitos filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Laila tem 14 anos. É filha de um professor que sempre lhe diz: "Você pode ser tudo o que quiser." Ela vai à escola todos os dias, é considerada uma das melhores alunas do colégio e sempre soube que seu destino era muito maior do que casar e ter filhos. Mas as pessoas não controlam seus destinos. Confrontadas pela história, o que parecia impossível acontece: Mariam e Laila se encontram, absolutamente sós. E a partir desse momento, embora a história continue a decidir os destinos, uma outra história começa a ser contada, aquela que ensina que todos nós fazemos parte do "todo humano", somos iguais na diferença, com nossos pensamentos, sentimentos e mistérios.


Escrito nas Estrelas de Sidney Sheldon (Record).
Tudo o que eu falar será suspeito, pois Sidney Sheldon é meu exemplo de escritor, sou completamente fissurada por seus livros e achei todos os que já li nota 10. Meu primeiro livro  de verdade (quando digo de verdade, quero dizer que estou excluindo os 198 romances de banca) foi "A Herdeira" do Sheldon, e depois disso me apaixonei pela leitura. Eu devia ter uns 14 anos e até então só lia os deliciosos romances de banca (as vezes sinto nostalgia e ainda leio um ou outro), mas a partir de então expandi meus horizontes e hoje leio qualquer livro que me indiquem (exceto terror).

Sinopse pela Livrarias Curitiba: No interior do Canadá, Lara Cameron é criada pelo pai. Quando ele adoece, a jovem, então com 17 anos, resolver assumir os negócios dele. Ao perceber que tem talento, ela resolve fazer carreira no ramo imobiliário. Para chegar aonde quer, Laura sabe que precisa percorrer um caminho tortuoso, mas está decidida a alcançar seus objetivos a qualquer custo. Com a ingenuidade consumida pela ambição, ela é agora uma mulher implacável em busca do seu lugar em um mundo dominado por homens e tem de lidar com preconceitos e estereótipos. Dividida entre a proteção de um amigo, a paixão de um advogado e o fascínio por um músico, Laura caminha numa trilha perigosa, onde cada passo é um risco: o jogo de mentiras e fraudes do mundo dos negócios.


As sete irmãs de Lucinda Riley (Editora Novo Conceito).
É meu livro da vez, mas já estou apaixonada. Uma amiga me emprestou para que eu possa conhecer a autora e já estou procurando outros dela para comprar. Não consigo parar de ler...

Sinopse pela Livrarias Curitiba: Elas eram seis irmãs. Crianças vindas de lugares distantes, transformadas em família por um homem misterioso. Unidas pelo amor e pelas dúvidas sobre suas origens. Até o dia em que perdem o pai, o que encoraja cada uma a cumprir o seu destino em busca do passado. Maia, a mais velha, é a primeira a procurar a verdade. Em meio às belezas do Rio de Janeiro, ela irá mergulhar em uma história de amor devastadora, sob os braços do Cristo Redentor.



"A leitura traz a vantagem de que podemos estar só e ao mesmo tempo acompanhado." 
Mario Quintana

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

HÁ 14 ANOS ATRÁS...


Após 14 anos de um dos maiores atentados terroristas da história, o choque ainda permanece na memória daqueles que viveram (mesmo indiretamente) aquele momento. Eu tinha nove anos e não entendia direito o que significava tudo aquilo, mas ainda sinto o medo que passava em nossa mente pelos familiares que naquela cidade viviam. Hoje consigo imaginar o pânico, o medo e a dor daqueles que tiveram seus entes queridos perdidos naquele terror, 
Quase 3000 mil pessoas foram mortas, além dos óbitos que acontecem até hoje causados por problemas pulmonares nas pessoas que ajudaram a retirar os corpos, naqueles que estavam próximos e acabaram inalando, sem contar aqueles que vivem (como mortos-vivos) no desgosto pela perda de alguém que nunca poderá ser substituído.
O ataque da organização fundamentalista islâmica Al-Qaeda deixou mais que 3000 mil mortos, muitos feridos e edifícios destruídos, esse atentado destruiu o brilho e a esperança de muita gente. 
Quantas sonhos perdidos? 
Quantas famílias enlutadas?
Quantos filhos sem pais?
Quantos pais sem filhos? 
Quantos amores destruídos? 
Quanta "vida" queimada por  alguém tão hipócrita que pede que "não mate os meus, mas eu mato os seus". 

reprodução

Al-Qaeda alegou explicitamente (vídeos e áudios), que os motivos para tal ato repugnante seriam a presença americana na Arábia Saudita, o apoio dos EUA à Israel e as sanções contra o Iraque. Porém alguns analistas políticos colocaram outras motivações, como o fato de Bin Laden ter dito que o profeta Maomé bania a "presença permanente de infiéis na Arábia". Em 27 de novembro de 2001, Osama Bin Laden declarou que "o terrorismo contra os Estados Unidos merece ser louvado, porque é uma resposta à injustiça, com o objetivo de forçar a América a parar com seu apoio à Israel, que mata nosso povo". 

reprodução

Não existem memoriais suficientes para apagar a magnitude desse ato asqueroso, que ainda destrói a vida de muitas famílias. Em seu documentário "Sicko S.O.S. Saúde" Michael Moore, mostra voluntários que trabalharam no Ground Zero, onde ficava o World Trade Center, e que desenvolveram graves doenças respiratórias, mas que o Governo pouco se importa. O documentário é uma crítica ao sistema de saúde norte-americano, mas também mostra o descaso desse Governo com as pessoas que ajudaram e que hoje precisam de ajuda. 

Você pode assistir o documentário legendado completo no Youtube:


Lágrimas envolvem meu ser,
Esperança de um dia viver,
Sonhos que invadem minha alma,
No alarde desesperado da minha calma.
Meus olhos num último brilho de luz,
Se fecham para legar apenas uma cruz.
(L.O.) 

sábado, 5 de setembro de 2015

RESENHA DO LIVRO EXTRAORDINÁRIO

*Contém Spoilers

PALACIO, R.J. Extraordinário. Intrínseca, Rio de Janeiro, 2013.

Raquel Jaramillo Palacio – R.J. Palacio - é diretora de arte e designer gráfica há mais de 20 anos e, agora, também escritora. Nova iorquina, iniciou uma campanha antibullying em seu site, para difundir a mensagem do seu primeiro livro, Extraordinário, lançado em 2013.
August Pullman nasceu com uma doença genética e por conta disso seu rosto é deformado, seus olhos parecem fora do lugar e quase não possui orelha. Quando mais novo, ele usava um capacete de astronauta para escondê-lo, assim se sentia como as outras pessoas. Por conta dessa sua deficiência, Isabel, sua mãe, o educou em casa até os 10 anos de idade. Ao chegar nessa idade, ela achou que August deveria tentar frequentar um colégio. 
Depois de muito relutar, da parte do pai e do próprio “Auggie”, o menino decide conhecer o colégio. Ao chegar em Beecher Prep, três futuros colegas - Julian, Jack e Charlote - foram recrutados pelo diretor para fazerem um tour pelas dependências da escola com August e, após conhece-la ele decidiu que gostaria de tentar.
No início os colegas sentem “repulsa” por ele e por isso acaba se tornando excluído e solitário. Mas então aparece Summer, que não se importa com o que os colegas pensam e se senta na mesa ao lado de Auggie. A partir desse dia os dois se tornam amigos e se sentam na mesma mesa todos os dias.
Com o desenrolar da trama, Jack também sofre desentendimentos com seus amigos e acaba se aproximando de August. Em um determinado momento, que Julian fala mal de Auggie, ele dá um soco na cara do menino para defender o amigo e então se torna o melhor amigo do personagem principal.
No final do ano os alunos fazem uma viagem em que vão conhecer uma reserva natural. Na noite de cinema ao ar livre acontece um incidente e alguns amigos de Julian defendem Auggie. A partir de então, August se torna um menino admirado por todos e as pessoas começam a perceber o quanto ele foi capaz de mudar suas vidas, com suas atitudes, sua forma de viver e de se posicionar diante das dificuldades que lhes foram impostas.
A cada ano, na formatura, o diretor faz uma homenagem a alguém que conseguiu algo grande durante o ano. Nesse final de período letivo o homenageado da vez é ninguém menos que August Pullman e é então aplaudido de pé. Sendo que até mesmo nesse momento de glória, ele ensina que “todos deveriam ser aplaudidos de pé, ao menos uma vez.”.
Palacio conseguiu trabalhar o preconceito de uma forma contagiante, contando a história do ponto de vista de vários personagens. Ela inicia o livro com August narrando e, durante esse tempo, não é possível saber como o personagem é fisicamente. Nos primeiros capítulos o leitor conhece a história dele e simpatiza com ele, muitas vezes se apaixona pelo personagem, adentrando a vida do mesmo. 
Quando Via, a irmã mAis velha, descreve o rosto de August, acaba sendo um choque, pois o mesmo não dirigia a si com a pena que os seres humanos, na maioria das vezes, sentem pelas pessoas diferentes de si. A partir de então é possível começar a refletir sobre como tratamos o outro, como diferenciamos o outro e como excluímos o outro.
A partir dessa leitura doce e envolvente começam a surgir as perguntas internas: Quantas vezes tratamos as pessoas assim? Quantas pessoas tratamos assim? Será que estamos sendo como os colegas de Auggie? Será que percebemos que estamos sendo preconceituosos?
Um livro de chorar, rir e se emocionar. Um livro de refletir, sobre a vida, suas dificuldades, nossas limitações, os fracassos e como encaramos tudo isso. 
O melhor livro infanto-juvenil que já tive o prazer de ler!
Todas as pessoas deviam ler esse livro, desde as crianças até os mais velhos. Extraordinário dará um novo sentido à vida de cada leitor.

reprodução