domingo, 29 de novembro de 2015

A CANÇÃO DE AMOR DE J. ALFRED PRUFROCK

**contraindicado para melancólicos, por conter mais melancolia

Sigamos então, tu e eu,
Enquanto o poente no céu se estende
Como um paciente anestesiado sobre a mesa;
Sigamos por certas ruas quase ermas,
Através dos sussurrantes refúgios
De noites indormidas em hotéis baratos,
Ao lado de botequins onde a serragem
Às conchas das ostras se entrelaça:
Ruas que se alongam como um tedioso argumento
Cujo insidioso intento
É atrair-te a uma angustiante questão . . .
Oh, não perguntes: "Qual?"
Sigamos a cumprir nossa visita.

No saguão as mulheres vêm e vão
A falar de Miguel Ângelo.

A fulva neblina que roça na vidraça suas espáduas,
A fumaça amarela que na vidraça seu focinho esfrega
E cuja língua resvala nas esquinas do crepúsculo,
Pousou sobre as poças aninhadas na sarjeta,
Deixou cair sobre seu dorso a fuligem das chaminés,
Deslizou furtiva no terraço, um repentino salto alçou,
E ao perceber que era uma tenra noite de outubro,
Enrodilhou-se ao redor da casa e adormeceu.

E na verdade tempo haver á
Para que ao longo das ruas flua a parda fumaça,
Roçando suas espáduas na vidraça;
Tempo haverá, tempo haverá
Para moldar um rosto com que enfrentar
Os rostos que encontrares;
Tempo para matar e criar,
E tempo para todos os trabalhos e os dias em que mãos
Sobre teu prato erguem, mas depois deixam cair uma questão;
Tempo para ti e tempo para mim,
E tempo ainda para uma centena de indecisões,
E uma centena de visões e revisões,
Antes do chá com torradas.

No saguão as mulheres vêm e vão
A falar de Miguel Ângelo.
E na verdade tempo haverá
Para dar rédeas à imaginação. "Ousarei" E . . "Ousarei?"
Tempo para voltar e descer os degraus,
Com uma calva entreaberta em meus cabelos
(Dirão eles: "Como andam ralos seus cabelos!")
- Meu fraque, meu colarinho a empinar-me com firmeza o queixo,
Minha soberba e modesta gravata, mas que um singelo alfinete apruma
(Dirão eles: "Mas como estão finos seus braços e pernas! ")
- Ousarei perturbar o universo?
Em um minuto apenas há tempo
Para decisões e revisões que um minuto revoga.

Pois já conheci a todos, a todos conheci
- Sei dos crepúsculos, das manhãs, das tardes,
Medi minha vida em colherinhas de café;
Percebo vozes que fenecem com uma agonia de outono
Sob a música de um quarto longínquo.
Como então me atreveria?

E já conheci os olhos, a todos conheci
- Os olhos que te fixam na fórmula de uma frase;
Mas se a fórmulas me confino, gingando sobre um alfinete,
Ou se alfinetado me sinto a colear rente à parede,
Como então começaria eu a cuspir
Todo o bagaço de meus dias e caminhos?
E como iria atrever-me?

E já conheci também os braços, a todos conheci
- Alvos e desnudos braços ou de braceletes anelados
(Mas à luz de uma lâmpada, lânguidos se quedam
Com sua leve penugem castanha!)
Será o perfume de um vestido
Que me faz divagar tanto?
Braços que sobre a mesa repousam, ou num xale se enredam.
E ainda assim me atreveria?
E como o iniciaria?
.......

Diria eu que muito caminhei sob a penumbra das vielas
E vi a fumaça a desprender-se dos cachimbos
De homens solitários em mangas de camisa, à janela
debruçados?
Eu teria sido um par de espedaçadas garras
A esgueirar-me pelo fundo de silentes mares.
.......

E a tarde e o crepúsculo tão .docemente adormecem!
Por longos dedos acariciados,
Entorpecidos . . . exangues . . . ou a fingir-se de enfermos,
Lá no fundo estirados, aqui, ao nosso lado.
Após o chá, os biscoitos, os sorvetes,
Teria eu forças para enervar o instante e induzi-lo à sua crise?
Embora já tenha chorado e jejuado, chorado e rezado,
Embora já tenha visto minha cabeça (a calva mais cavada)
servida numa travessa,
Não sou profeta - mas isso pouco importa;
Percebi quando titubeou minha grandeza,
E vi o eterno Lacaio a reprimir o riso, tendo nas mãos meu sobretudo.
Enfim, tive medo.

E valeria a pena, afinal,
Após as chávenas, a geléia, o chá,
Entre porcelanas e algumas palavras que disseste,
Teria valido a pena
Cortar o assunto com um sorriso,
Comprimir todo o universo numa bola
E arremessá-la ao vértice de uma suprema indagação,
Dizer: "Sou Lázaro, venho de entre os mortos,
Retorno para tudo vos contar, tudo vos contarei."
- Se alguém, ao colocar sob a cabeça um travesseiro,
Dissesse: "Não é absolutamente isso o que quis dizer
Não é nada disso, em absoluto."

E valeria a pena, afinal,
Teria valido a pena,
Após os poentes, as ruas e os quintais polvilhados de rocio,
Após as novelas, as chávenas de chá, após
O arrastar das saias no assoalho
- Tudo isso, e tanto mais ainda? -
Impossível exprimir exatamente o que penso!
Mas se uma lanterna mágica projetasse
Na tela os nervos em retalhos . . .
Teria valido a pena,
Se alguém, ao colocar um travesseiro ou ao tirar seu xale às pressas,
E ao voltar em direção à janela, dissesse:
"Não é absolutamente isso,
Não é isso o que quis dizer, em absoluto."

Não! Não sou o Príncipe Hamlet, nem pretendi sê-lo.
Sou um lorde assistente, o que tudo fará
Por ver surgir algum progresso, iniciar uma ou duas cenas,
Aconselhar o príncipe; enfim, um instrumento de fácil manuseio,
Respeitoso, contente de ser útil,
Político, prudente e meticuloso;
Cheio de máximas e aforismos, mas algo obtuso;
As vezes, de fato, quase ridículo
Quase o Idiota, às vezes.

Envelheci . . . envelheci . . .
Andarei com os fundilhos das calças amarrotados.

Repartirei ao meio meus cabelos? Ousarei comer um
pêssego?
Vestirei brancas calças de flanela, e pelas praias andarei.
Ouvi cantar as sereias, umas para as outras.

Não creio que um dia elas cantem para mim.

Vi-as cavalgando rumo ao largo,
A pentear as brancas crinas das ondas que refluem
Quando o vento um claro-escuro abre nas águas.

Tardamos nas câmaras do mar
Junto às ondinas com sua grinalda de algas rubras e castanhas
Até sermos acordados por vozes humanas. E nos afogarmos.

T. S. ELIOT

(tradução: Ivan Junqueira)

sábado, 21 de novembro de 2015

RESENHA DO LIVRO O GUARDIÃO DE MEMÓRIAS

** contém spoillers

EDWARDS, K. O guardião de memórias. Editora Sextante, Rio de Janeiro, 2007.

reprodução

Professora-assistente de inglês na Universidade de Kentucky, nascida em quatro de maio de 1958, Kim Edwards escreveu a coletânea “Os segredos do Rei do fogo” e recebeu o Prêmio Whiting e o Prêmio Nelson Algren. Seu livro “O Guardião de Memórias” já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, estando em primeiro lugar na lista de mais vendidos do New York Times. 
O romance intitulado “O Guardião de Memórias” traz o poder das decisões: uma tempestade de neve obriga o médico ortopedista David Henry a fazer o parto da própria esposa, em que nascem gêmeos. O menino, Paul, é saudável, porém quando nasce a menina, ele logo nota os sinais de Síndrome de Down. Inconformado e marcado pelo passado, o doutor entrega a menina para que a enfermeira, Caroline Gill, a leve até uma instituição. 
Caroline não consegue entregar Phoebe, e passa a cuidar dela com muito carinho, lutando para que ela seja aceita pela sociedade e que tenha uma vida digna. Enquanto isso, Paul cresce em um lar onde um muro irrefreável ascende entre o casamento de seus pais. Enquanto David é atormentado pelo remorso e se entrega cada vez mais a um mundo só dele, Norah, sua esposa, inconformada com a morte da filha começa a beber e a ter casos extraconjugais. 
A obra de Edwards traz uma lição incrível de quanto as decisões podem afetar não somente a vida daquele que as tomam, mas também daqueles ao seu redor. A decisão de David muda tudo em sua família e a dificuldade em consertar aquilo que já está feito corrói sua alma. 
Um ponto que chama a atenção é que a autora construiu personagens que não se pode decidir se são bons ou ruins, mostrando os defeitos e as qualidades de cada um, tornando uma obra mais próxima da realidade. Além disso, dá destaque as dificuldades dos portadores de Síndrome de Down na década de 70, mostrando ainda que eles podem ser como os demais seres humanos, precisam apenas de uma chance.
A obra é indicada para leitores que gostam de entrar nos personagens, que por ser tão bem detalhada faz sentir como eles.

domingo, 15 de novembro de 2015

ROSCA DOCE DE MÃE

Morar sozinho pode parecer o máximo, mas na verdade a maior parte do tempo você passa com saudade de casa, saudade de mãe e, consequentemente, saudade de comida de mãe...
Hoje, quando cheguei em casa me bateu aquela saudade de casa, de colo de mãe e aí me deu vontade comer rosca de mãe...
Como sou maluca o suficiente, resolvi experimentar fazer. Detalhe: eu nunca tentei fazer porque sovar a massa parece tenso demais, só que minha vontade era maior do que a preguiça de sovar.
O que vocês não vão acreditar é que ficou uma delícia, duas formadas quentinhas de rosca de mãe para tentar matar a saudade de casa...
Por isso hoje vou ensinar a fazer Rosca Doce de Mãe delicinha...

INGREDIENTES
Massa:
- 3 ovos
- 1 copo de leite morno
- 1 copo de água morna
- 1/2 copo de óleo
- 20g de fermento biológico
- 1kg de farinha de trigo
Obs.: usei um copo de 200mL

Recheio:
- 250g de margarina
- 6 colheres de açúcar
- 1 colher de canela
Obs.: colher de sopa

Cobertura:
- 1 copo de leite
- 1 caixa de leite condensado
- 250g de coco ralado (sem açúcar)

Rendimento: 25 Roscas Doces deliciosas de Mãe

MODO DE PREPARO
- Deixar o fermento biológico repousando na água morna por 10 minutos;
- Em um recipiente (bacia, tigela...) grande misturar os ovos, leite, água com fermento e o óleo;
- Adicionar a farinha de trigo mexendo até dar consistência de sova;
- Sovar a massa até que pareça homogênea;
- Deixar a massa descansar/crescer por 30 minutos;
- Enquanto a massa cresce prepare o recheio misturando a margarina, o açúcar e a canela até ficar homogênea (deixei a margarina um tempo fora da geladeira para que ela estivesse mole, pois derreter no calor não deu certo);
- Após 30 minutos de espera, dividir a massa crescida em duas porções, trabalhar com cada uma separadamente, fazendo as próximas etapas para cada uma delas;
- Com ajuda de um rolo de amassar pão, esticar a massar (bem esticadinha) e espalhar sobre ela o recheio;

- Cuidadosamente enrolar a massa, como se montasse um pão;


- Cortar a massa em tiras de, aproximadamente, dois dedos de largura;


- Untar a forma com manteiga/margarina ou óleo e posicionar as rosquinhas com espaço entre elas (para que elas possam crescer);


- Levar ao forno, pré-aquecido, por 40 minutos à 160° C;


- Aquecer o leite, leite condensado e coco e despejar sobre as roscas;

THANANANAN


Agora é só saborear essas delicinhas (huum! me deu água na boca de novo, acho que vou terminar de comer o resto da que comecei há pouco... dane-se ser madrugada e rosca ser carboidrato)...

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

ENGENHEIROS DO HAWAII

reprodução

E aí, depois de uma semana dormindo duas horas por noite, você acorda  super de bem com a vida, após merecidas oito horas de sono, e até ouvir música fica interessante (eu não curto música. não! não sou um et, só nunca tive o hábito) e então quando abro a página do YouTube aparece uma seleção das músicas que marcaram meu passado...

Eita nostalgia!! Tantas recordações...

Sim, eles falam de coisas da alma e isso me faz sentir uma conexão com as músicas, já o que se escreve hoje não devia nem ser chamado música (acho que agora entendo porque não curto música).

Mas esses são ótimos... 

Tenho vivido uma dia por semana...
...sem passado, nem futuro, eu vivo um dia de cada vez... 
...na falta do que fazer, inventei a minha liberdade...

domingo, 8 de novembro de 2015

O QUE A GENTE PODE FAZER PARA MUDAR?

Outro dia estava eu assistindo Jornal Nacional (as vezes prefiro não assistir jornais para não me estressar, mas nesse dia estava de bom humor) e o Willian Bonner e a Renata Vasconcelos começam a falar da volta da CPMF, apresentado pela nossa Excelentíssima (vaca) Presidenta Dilma e, pelo Ministro (sr. ridículo) do Planejamento Nelson Barbosa e o Ministro da Fazenda Joaquim Levy.
Você não sabe o que é CPMF? 
Não tem problema, eu também não sabia. Mas resolvi procurar saber (porque pela risadinha do sr. ridículo, só podia ser mais uma facada no povo brasileiro)...
A CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) foi uma cobrança que incidiu sobre todas as movimentações bancárias, exceto nas negociações de ações na Bolsa, saques de aposentadorias, seguro-desemprego, salários e transferências entre contas-correntes de mesma titularidade. 
Ela foi aprovada em 1993 e passou a vigorar no ano seguinte com o nome de IPMF (Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira). Nessa época, a alíquota era de 0,25% e sua cobrança durou até dezembro de 1994 quando, como já estava previsto, o imposto foi extinto. 
Dois anos depois, em 1996, o governo voltou a discutir o assunto, com objetivo de direcionar a arrecadação desse tributo para a área da saúde. A partir desse momento, foi criada de fato a CPMF, que passou a vigorar em 1997 com alíquota de 0,2%.
Desde sua criação em 1996, a CPMF já arrecadou 201,2 bilhões de reais (Fonte: Senado Notícias).
Mas para onde realmente foi esse dinheiro? A saúde pública está cada vez mais precária (não só a saúde né? todo o setor público está virando uma palhaçada) e as filas por atendimento médico estão cada vez maiores. Pessoas ficam dias, semanas esperando em uma fila para terem seus tratamentos, quando não morrem com essa negligência com a saúde...
E o pior de tudo que é o NOSSO dinheiro que devia estar sendo utilizado adequadamente. Trabalhamos quase metade do ano só para pagar imposto para ter (desculpe a palavra) uma merda de retorno desse governo de merda!!
Mas voltando a questão da CPMF que o governo quer reimplantar...
"Mas é só 0,2% do que você paga nas suas compras que vai para o Fundo Previdenciário" (vai a merda Joaquim Levy! já não basta toda a roubalheira que fizeram? devolve a porcaria do dinheiro que roubaram que garanto que o Fundo ficará bem tranquilo)
Eu fico revoltada com isso!! Não basta toda a crise que estamos vivendo, todos os impostos que já pagamos e ainda tem coragem de falar que vai cortar até da saúde para investir no Fundo Previdenciário? Diminui esse salário dos Deputados e cia que vai sobrar para a aposentadoria da galera...
Eu não entendo muito de política (acho que esse é grande problema da maioria da população brasileira, a gente não entende a acaba deixando passar batido), mas quando as coisas começam a ficar no estado que estão chegando, alguma coisa tem que ser possível fazer (ou não).
Está previsto para amanhã o início da greve dos caminhoneiros e mesmo achando a pauta deles um pouco difícil de ser atendida, alguém está tentando fazer algo, então "Parabéns caminhoneiros!". Eles estão lutando por algo que muitos de nós acreditamos, mas que não conseguimos nos reunir para lutar, porém só somos fracos quando somos apenas um, então "o que podemos fazer para mudar?"

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domingo, 1 de novembro de 2015

DE MÃOS DADAS COM A PROCRASTINAÇÃO

Eu deveria estar fazendo minha apresentação para o trabalho de Toxicologia Clínica, mas ao invés disso estou procrastinando um pouco, qualquer coisa depois passo a noite anterior acordada fazendo...

Procrastinar: transferir para outro dia ou deixar para depois; adiar, delongar, postergar, protrair

Por que somos tão bons em deixar as coisas para a última hora? Faço essa pergunta toda vez que tenho que passar a madrugada acordada terminando um trabalho, estudando para prova ou ajeitando alguma coisa da vida...
Se houvesse um emprego de procrastinador, eu seria uma das melhores no ramo; ou talvez todos nós fôssemos muito bons, até porque assistir aquele episódio do seriado favorito que saiu no fim de semana sempre parece muito mais animador que estudar aquela matéria chata que você devia estar estudando desde a semana passada para não pegar Final...
Só que (essa palavra habita metade das frases do meu vocabulário) sempre achamos um jeito de enrolarmos até não ter jeito mais e aí (quase sempre) as coisas não saem do jeito que deveriam e você começa a se martirizar por ser um procrastinador...
Por que eu não estudei isso desde a semana passada, ao invés de começar aquele seriado de 200 temporadas?
Por que eu não terminei de ler aquele livro para o vestibular antes de ler a coleção do Harry Potter?
Por que não fiz meu trabalho de Tóxico ao invés de escrever um post sobre procrastinação?
Por que fiquei olhando a timeline (quase sempre um saco) do meu Facebook, ao invés de fazer minhas comidinhas da semana?
Por que assisti "Um amor para recordar" pela centésima vez, enquanto precisava ir ao mercado? (porque precisava chorar com o Landon - lindon - dizendo que "nosso amor é como vento, não posso ver, mas posso sentir")
Por que fiquei pintando Floresta Encantada sendo que minha cama não pode ser utilizada de tanta bagunça?
Segue, mais uma vez, uma lista imensa de perguntas (sempre ultrajustificáveis) de um bom procrastinador.
A resposta, na verdade, é bem simples "porque eu quis!", só que a lista de justificativas nunca parece ter fim. Até porque tudo parece mais legal quando você precisa fazer algo importante (a menos que isso seja para amanhã, porque então a adrenalina sobe e fica tudo fácil e, mal feito)...
Aí você pára e olha para os seus pais, parece que eles estão sempre em dia com tudo, não deixam nada para depois e as coisas dão muito certo mesmo; é nesse momento que você se sente adolescente de volta, porque se pudesse passava a vida deitado na cama assistindo seriado, lendo livros fantásticos e comendo porcaria. Então eu me pergunto "qual o problema comigo?", tenho 23 anos e não me sinto em nada adulta e, muito menos me comporto como uma...
Será que isso é o efeito da tal geração Y a qual pertencemos? Tão conectados aos aparelhos e ao mesmos tempo desconectados de todo o resto. Essa conexão nos deixou meio retardados, preguiçosos e menos adultos?
Qual o problema?
Talvez essa pergunta nunca seja respondida, porque estamos deixando isso tudo nos levar na avalanche que nos amotina (mas da qual não damos nenhum jeito de sair), chamada acomodar...

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Nada é exatamente como queremos, então não deixe pra amanhã o que pode ser feito hoje, imprevistos acontecem a todo momento. 

Israel Ziller