quinta-feira, 1 de outubro de 2015

DESAPEGANDO...

Desapegar (verbo transitivo direto) significa "perder a afeição por; deixar de estar afeiçoado a; deixar de ter envolvimento com; perder a dependência; libertar-se."

Por que bolas resolvi escrever sobre isso? 
Bom, primeiro porque li o livro "Não se apega, não" (Intrínseca) da Isabela Freitas e apesar de ter achado um livro bem fraco, do meu ponto de vista literário, ela basicamente "plagiou" a minha vida e, provavelmente a vida de muitas garotas. 


Inicialmente achei que era um livro de auto ajuda (deixa eu explicar que só li esse livro porque minha prima disse que eu precisava ler, pois era minha história de vida, quando preciso de livros de auto ajuda e recorro ao Augusto Cury, rsrs), mas quando acabei não entendi direito a intenção da autora. Já li muitos livros de auto ajuda e esse não se parece em nada com um e, apesar de ter uma história, não se trata de uma história em si. 
A autora tenta contar como superou o fim do namoro com o Gustavo (ainda estou me perguntando se é uma história real, ou apenas uma tentativa de se comunicar profundamente com qualquer garota em seu universo feminino desastroso), mas quando o livro chega ao fim eu ainda acho que ela não se desapegou nem do ex-namorado, nem do ex-ficante, nem do primo gostosão, porque ela ainda quer fugir deles... 
Como o próprio significado da palavra desapegar diz, desapego é se libertar e, fugir é ter medo e, ter medo é estar ligado ainda. Então talvez desapegar não seja tão fácil quanto a autora queria mostar...
... ou talvez eu só tenha achado isso porque o livro parece tanto com a minha vida (que estou tão acostumada) que não me pareceu "uoooou". 
Mas isso me fez refletir sobre qual meu nível de apego às coisas...
Quanto eu demoro para me libertar daquilo que me prende a um nada...
Quanto vivemos de passado, deixando o presente sem viver e ainda perdendo a chance de um futuro sempre mais brilhante...
Aí entro no meu Facebook (resolvi fazer uma limpeza nele e parar de viver de postagens. mais um passo na direção de viver o presente sem me preocupar em provar nada a ninguém, além de mim mesma) e encontro uma postagem de 12 de outubro de 2012 (época essa que eu estava tentando me desapegar de uma passado que insistia em me perturbar) e começo a me perguntar "por que é tão difícil implantar algo em nossa vida, mesmo quando temos consciência de que estamos fazendo tudo errado?". Então eu me dou conta de que somos culpados por tudo, pois não queremos que o passado se vá, alimentando uma esperança ridícula de que ainda pode voltar e, se tem uma coisa que meu primeiro amor (aquele amor de infância) me ensinou é que as coisas só se vão quando deixamos elas irem. 
Isabela Freitas fala sobre sofrimento nos amadurecer, sobre cairmos de cara no chão e levantarmos adultos, não é que tem muito sentido isso?! É como musculação, quanto mais peso você levanta, mais forte você fica, então façamos uma analogia com o tombos da vida e as flexões, cada vez que você se levanta "sozinho" você se fortalece e no próximo tombo fica mais fácil de se levantar. Porém se você viver a espera de alguém para te puxar do chão, você nunca vai fortalecer seus músculos e sempre precisará de ajuda para se reerguer...
Eu não sei escrever sobre auto ajuda (gosto mesmo é de ser dramática), mas eu aprendi com a vida que as pessoas que mais nos magoam são as mais importantes em nossas vidas, pois são elas que nos forçam a fazer as flexões. Acredito eu, que quando estivermos totalmente malhados da vida, então teremos chegado ao momento crucial da nossa existência "o amadurecimento completo" e só então seremos dignos de compartilhar nossa vida, nossos sonhos, nossos medos e nossos sorrisos com outro ser também completo, pois duas metades nunca serão um inteiro, mas apenas duas metades tentando achar sua outra metade em outra pessoa (ao invés de buscar sua plenitude).

Vou deixar aqui o texto da postagem que me inspirou a escrever esse post, reflita você também!!

“Eu não gosto de relacionamentos. Relacionamentos são construídos na base de promessas, confiança e amor. Tudo isso remete a uma só coisa: palavras. Me dê a sua palavra de que vai ficar. Me dê a sua palavra de que não vai me deixar; de que vai me amar. Você promete? Promete ficar pra sempre? Promete permanecer ao meu lado mesmo quando finalmente enxergar que não valho à pena? Prometo. Tá. Ok. Depois daí, o que acontece? Você confia. Você confia porque é a única coisa que te resta, levando em consideração o fato de que não tem muitas escolhas. Você ama, e o amor é uma prisão. O tipo de prisão que consequentemente leva a um relacionamento, e que posteriormente te faz acreditar em palavras. Até onde eu sei pessoas mudam, certo? Pra melhor ou pra pior, elas mudam. Opiniões mudam. A vontade pode passar e o amor que ela te garantiu pode ir embora. Você não tem seguro pra um coração partido; você não tem um contrato te afirmando que tudo vai ficar bem, mas você se arrisca do mesmo jeito. Você manda a sanidade pra qualquer canto do mundo que não seja a sua consciência e mete o pé no acelerador. Você se joga. Se perde. Não se encontra e não se importa. Você esquece…. Esquece que palavras são só palavras, esquece que qualquer um no mundo está submetido à metamorfose. Acho que amar, no fim de tudo, é só uma questão de ser esperto ou ignorante. Digo, as pessoas por aí sabem o que acontece com um relacionamento mal sucedido, não sabem? As pessoas têm consciência de que podem quebrar a cara bem feio se as coisas não funcionarem direito. E desculpa informar, mas as pessoas são burras. São ignorantes. São estúpidas. Fingem não enxergar o que está bem à frente: o amor é uma droga. Vai te levar pro fundo do poço e vai te fazer crer em algo que não é capaz de te transmitir nem um pingo de segurança. E no final, a única coisa que acontece é aquilo que você sempre soube que iria acontecer, certo? Então pra quê correr o risco? Pra quê se deixar levar por um alguém desse jeito? Não faz sentido. Eu prefiro ser esperto… Autossuficiente, sabe? Prefiro precisar de mim mesmo, porque o amor que sinto por mim é o único no mundo inteiro que eu sei que não machuca. O único que não vai me deixar na mão, o único que não vai arranjar um jeito de me deixar louco. Eu sou do tipo que se previne. Eu cuido do que é meu enquanto você cuida do que nunca vai ser seu. Eu não deixo o amor entrar, e você? Ah sim, certo. Você continua fazendo o seu insignificante papel de idiota, como sempre fez e como sempre vai fazer. A culpa pelo seu coração partido não pertence a ninguém, amigo. Ninguém além de você.” (Autor Desconhecido)

Não acredito que o amor seja uma droga, ou que as pessoas sejam burras de amar, mas enquanto o amor pelo outro foi maior que o amor por si mesmo, sempre estaremos sujeitos a dor e a sermos magoados, porque o amor nos faz esperar demais de um outro que não somos nós e nos decepcionamos. Queremos que aquele outro faça o mesmo que seríamos capazes de fazer, mas cada ser humano é diferente e como já disse "as experiências mais dolorosas são as mais importantes". Porém podemos acelerar o processo de amadurecimento e amar a si mesmo tornando o desapego... a libertação possível. Viva intensamente, coloque todas as cartas, se jogue, mas desapegue de esperar algo de alguém, faça de si mesmo a prioridade dessa vida e não deixe que nada... ninguém te faça acreditar ser mais importante que você...

"DESAPEGUE DE TUDO O QUE NÃO TE ACRESCENTA!"

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