sábado, 5 de dezembro de 2015

RESENHA DO LIVRO OS BOTÕES DE NAPOLEÃO

LE COUTEUR, P.; BURRESON, J. Os botões de Napoleão: as 17 moléculas que mudaram a história. Zahar, Rio de Janeiro, 2006.

reprodução

Sendo ambos químicos, Penny Le Couter é professora de química do Capilano College e Jay Burreson é, atualmente, administrador de uma companhia de alta tecnologia no estado de Oregon, Estados Unidos, em 2003 publicaram a primeira edição norte-americana do livro “Os botões de Napoleão”.
Os botões de Napoleão é um romance que conta de uma forma fascinante a história do mundo, do ponto de vista químico. Dezessete moléculas que segundo os autores mudaram o curso da história da humanidade.
A narrativa inicia colocando um intrigante questionamento: Poderia Napoleão ter derrotado o exército russo? Pois, o estanho - material com que se confeccionavam os botões dos uniformes das tropas napoleônicas - se esfarela a temperaturas muito baixas, com isso seus uniformes se abriam e seus corpos congelavam. Seria esse fenômeno químico que contribuiu para a derrota do imperador francês? 
Algumas especiarias, como a pimenta, a noz-moscada e o cravo-da-índia foram decisivos no desdobramento histórico e gerou desenvolvimento econômico a nível mundial, pois, devido a apreciação e a escassez dessas, geraram preços elevados e levaram ao descobrimento da América, por exemplo.
Outros compostos, como o chumbo, utilizado para armazenar o vinho, eram muito apreciados, porém não se conhecia sua periculosidade. Ainda existem aqueles, como o isoeugenol e o fenol, que levaram a descoberta de muitos outros compostos que mudaram a história mundial.
Os autores conseguiram desenvolver uma narrativa envolvente e instigante envolvendo história e química. Sendo a química uma dificuldade de muitas pessoas, o livro trata de uma forma simplória, mas educativa as moléculas, levando ao entendimento também daqueles com pouco contato com a teoria propriamente dita. 

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