sexta-feira, 22 de setembro de 2017

AH, O AMOR INCONDICIONAL

Já faz algum tempo que não falo de amor não é mesmo?! Acho que estava meio sem inspiração para o assunto, até porque amar dá muito trabalho - eu tenho muito amor, por muita gente, mas vocês sabem bem a que tipo de amor estou me referindo, né? -, até que hoje tive uma conversa bem triste com uma amiga e me deu vontade de escrever sobre...

Cheguei do trabalho cansada e tinha uma mensagem - eu senti um tom triste - me perguntando se eu estava muito ocupada e se podia desabafar comigo...
Acha mesmo que eu, taurina nata, em algum momento da vida negaria meu ombro amigo?! 
Está super certo, claro que não!!
Liguei pra ela na mesma hora e passamos as últimas três horas falando sobre o 'tal amor' que ela diz sentir.
Bom! O que eu tenho a dizer sobre isso? 
O amor é uma bosta, só faz a gente sofrer!! Que saco!

Mentira! haha o amor é a coisa mais estranha que existe nesse mundo. Ele é um sentimento abstrato, estúpido e complexo, mas que ao mesmo tempo é o que dá sentido às nossas vidas. 
Acredito nas várias formas de amor, assim como acredito que não exista alguém que não tenha sentido isso ao menos uma vez na vida - exceto os psicopatas, porque dizem que eles são incapazes de amar-: seja amor paternal, seja amor de amigos, seja amor de paixão...

Eu vejo o amor como se fosse um pedaço da gente que o outro rouba e então tornamos dependentes de cuidar e de querer o outro feliz...

Ok! Até aqui tudo bem, isso é lindo! Mas voltando a questão da minha amiga...
O problema é quando o amor não é correspondido.
A primeira pergunta que ela me fez quando atendeu o telefone foi 'você acha que ele é feliz com ela?'. Ela me disse que já fez essa pergunta ao dono do coração dela e ele disse que sim e pediu que ela não atrapalhasse o relacionamento dele...

BINGO!!

Aí entra o meu questionamento...
Por que acontece de gostarmos de pessoas que não conseguem sentir o mesmo pela gente?

Já li várias frases poéticas que dizem que "se não deu certo é porque não era amor" ou "quando é amor os dois encontram o caminho", mas aí você vê pessoas que passam a vida infelizes porque em algum momento da vida perderam o amor e nunca deixaram de amar...

Que mundo injusto esse não é mesmo?!
Então você para e pensa em todas as vezes que quebrou a cabeça e o quanto cada tombo te fez evoluir e aceita os porres da vida sem muito questionar. A questão é: Isso é mesmo necessário?
Ter o coração partido tantas vezes pode nos ensinar milhões de coisas, mas ao mesmo tempo contamina nossa alma...
Cada vez que nos levantamos, sim, nos levantamos mais fortes, mas também menos sonhadores, com menos esperança e com menos crença nas pessoas. Isso faz com que sejamos mais pé no chão, mais maduros, menos propensos ao sofrimento... só que eu vejo o lado ruim disso, pois nos tornamos menos felizes, por não darmos a nós mesmos o direito de errar (amar) outra vez.

Isso não significa que não acabaremos nos deparando com outro amor ao longo do caminho, porque infelizmente, ou felizmente, acabaremos nos esbarrando em um 'serumaninho' que vai nos fazer acreditar - talvez com mais dificuldade - que podemos ser amados.

E a partir daí a história se repete outra vez...

O que podemos fazer para mudar?

Nada meu bem! Só aceitar (que dói menos)

A verdade é que somos biologicamente programados para ter necessidade de afeto, de atenção, de carinho, de proteção, de cuidado... e mesmo aqueles que se fazem de 'durões', no fundo gostariam de ter alguém para dividir o sofá nas tardes de domingo, ou para dormir de conchinha nos dias de chuva. É isso que nos faz acreditar outra e mais outra e mais uma vez no amor, até que encontramos alguém com as mesmas loucuras que a nossa e que enfim, nos fará repousar no seu encanto sob o alento...

Dizem os mais entendidos no assunto que o amor muda o mundo, então meu maior - e mais utópico - desejo, é que todos sejamos capazes de encontrar o amor correspondido e incondicional, assim, quem sabe, encontraremos paz para o mundo.


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